CAGESP — Saúde Mental no ambiente universitário

Boletim nº 6 – 21 de novembro de 2019

 

O Centro Acadêmico dos Estudantes de Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social (CAGesP/GPDES/IPPUR) promoveu, no dia 04 de novembro, a atividade “Saúde Mental no ambiente universitário” abrindo um espaço de escuta e acolhimento em saúde para alunos, técnicos e professores.

O Boletim IPPUR divulga o relato da estudante Bruna M. M. Fagundes, do GPDES, que acompanhou o evento. Acreditamos ser fundamental a construção de espaços de troca plural e de cuidado para o fortalecimento da comunidade universitária.

Para mais informações, acesse a página do CAGESP e do Projeto ReSignificar.

 

Por Bruna M. M. Fagundes¹

 

O Centro Acadêmico do curso de Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social (GPDES) realizou uma roda de conversa, no dia 04 de novembro de 2019, com o tema central focado na saúde mental, abordando também o psicológico dos discentes e os outros funcionários que compõem a instituição universitária.

A mesa foi composta pelas psicólogas Driele Francisco, Gabriela Leite e Rebecca Alcici e a médica Gabriela Fidelis que fazem parte do Projeto Ressignificar.

Foram discutidas as medidas de prevenção aos sofrimento psíquico no ambiente universitário, do trabalhador ao estudante, na medida em que  se verifica o aumento de doenças como a síndrome do impostor, a depressão e ansiedade no meio acadêmico. Possivelmente a cobrança por produtividade, a competição, a incerteza de um futuro e a quantidade de informações relativas ao futuro da Ciência no Brasil têm gerado o aumento das doenças psíquicas.

A roda de conversa abordou diversos assuntos, como as pressões sociais que os estudantes recebem das famílias, da sociedade, e de si próprio. Vale ressaltar que a UFRJ recebe muitos estudantes de outros estados brasileiros, e que, muitas vezes, fazer a formação universitária longe da família exige mais do aluno — e por isso recomenda-se que tenha um acompanhamento psicológico.

O corpo docente foi citado diversas vezes, pois são eles que estão diretamente relacionados na troca de conteúdo intelectual e no acompanhamento do semestre, e que é necessário que esses profissionais também possam ser escutados, pois lidam com uma rotina de prazos e pressões diárias.

Os técnicos do instituto — que são profissionais vistos muitas vezes como invisíveis dentro desse espaço — também foram lembrados e do quão todos que compõem o quadro são importantes para o funcionamento da instituição.

Por fim foi discutido o papel do SUS, o funcionamento da NASF ( Núcleo de Apoio á Saúde da Família) e o desmonte na saúde pública como um todo e os cortes que já estão recebendo na área da psicologia e psiquiatria e como tudo isso irá afetar a saúde de todos que precisam desses atendimentos em especial a população de negros, pardos e indígenas.

O Centro acadêmico gostaria de agradecer ao IPPUR, ao Projeto Ressignificar e a todos que participaram da roda de conversa. Acreditamos que foi muito importante ter uma mesa com a pluralidade de vozes, pois o foco é equidade em todos os espaços.

 

¹Discente do curso de Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social (IPPUR/UFRJ)