III ENEPCP: desafios para a gestão pública

Boletim nº 1 – 11 de setembro de 2019

 

O IPPUR mostrou, mais uma vez, engajamento no Campo de Públicas, professores e graduandos do GPDES participaram do III Encontro ENEPCP (Natal/RN), e contribuíram para o debate sobre o tema “Democracia n Século XXI e os desafios para a Gestão Pública”.

Entre os dias 27 a 30 de agosto de 2019, ocorreu em Natal/RN, o III Encontro Nacional de Ensino e Pesquisa no Campo de Públicas (III ENEPCP), organizado pela Associação Nacional Ensino e Pesquisa no Campo de Públicas (ANEPCP).

O evento trouxe como temática central a “Democracia no Século XXI e os desafios para a Gestão Pública. Evidenciando o engajamento do IPPUR no Campo de Públicas, o III ENEPCP contou com docentes do Instituto e graduandos do GPDES em diversas atividades: sessões temáticas, mesas redondas e apresentações orais. Uma excelente ocasião para o profícuo debate acadêmico-científico, a troca de experiências e os reencontros!

O IPPUR, tanto pela sua trajetória na área de Planejamento Urbano e Regional, como pelo protagonismo na criação do curso de Graduação em Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social (GPDES), contribui para a consolidação da ANEPCP como referência nacional para o Campo de Públicas.

Para o professor Paulo Reis, coordenador do GPDES, participar da ANEPCP revela o compromisso do GPDES com a geração, expansão, aprofundamento e disseminação de conhecimentos próprios do Campo de Públicas.

“O GPDES foi um dos cursos fundadores da ANEPCP. Desse modo, é importante a participação de nossos docentes e graduandos no encontro, pois demarca a autonomia da área de Administração/Gestão Públicas em relação à área de Administração/Gestão Empresarial, sendo esta última representada pela Angrad (Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração)”, explica.

 

Docentes do IPPUR integram a nova diretoria da ANEPCP

 

Durante o III Encontro ANEPCP, a nova diretoria foi instituída para os próximos dois anos (2020-2021), e conta com dois Professores do IPPUR, Carlos Bernardo Vainer, que compõe o Conselho Consultivo e Maria Aparecida Abreu, no Conselho Fiscal.

A professora Maria Aparecida Abreu concedeu uma entrevista ao Boletim IPPUR no qual explica a relevância do encontro da ANEPC para o Campo das públicas.

 

Qual a importância da ANEPCP para o campo das políticas públicas?

Maria Aparecida Abreu. A ANEPCP tem um papel fundamental para os cursos que foram criados antes da aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais, intensamente debatidas e finalmente aprovadas em dezembro de 2013 e homologadas em janeiro de 2014. A aprovação das novas diretrizes envolvia não só a definição de um conteúdo curricular específico para os cursos de administração, gestão pública e outros de diversas denominações, mas um ethos distinto na formação desses cursos, que é voltada para a formação de um(a) estudante/pesquisador(a) e cidadão preocupados com o interesse pública e os princípios que deveriam reger um estado republicano e democrático.

Além disso, a ANEPCP, ao realizar com sucesso três encontros de ensino em pesquisa, dois em Brasília (2015 e 2017) e o último em Natal (2019) – tendo o GPDES participado dos três -, ampliou o seu papel ao agregar os diversos cursos de graduação e pós-graduação no país que se relacionam com esse ethos e foram criados para o ensino, pesquisa e extensão na área, como também a formação de quadros para formar governos municipais, estaduais e nacional. Poder congregar toda essa energia e esse esforço positivos em torno de uma vida pública melhor talvez seja a principal importância da ANEPCP.

 

E qual a relevância (e ganhos) para o Curso do GPDES de fazer parte dessa Associação?

Maria Aparecida Abreu. É difícil falar em ganhos para o GPDES em fazer parte dessa Associação, porque não fazê-lo seria uma imensa perda. Estar ausente da articulação e sinergia que a Associação proporciona significaria isolar-se do compartilhamento de experiências institucionais, de ensino, pesquisa e extensão, que ajudam a enriquecer e aprimorar o campo. Penso que um resultado explícito disso é o de que os trabalhos apresentados no III Encontro, em Natal, revelaram o desenvolvimento e o amadurecimento do campo. Não vejo como o GPDES poderia estar fora disso, em benefício do próprio aprimoramento e consolidação do curso, em seus 10 (dez) anos de criação.

 

No próximo ano o GPDES completará 10 anos de trajetória. Qual a contribuição desse curso para o campo das públicas no país?

Maria Aparecida Abreu. Sou professora do curso há quase 8 (oito) anos. E posso dizer que formamos quadros para prefeituras e assessorias de entidades da sociedade civil e também políticas. Mais importante que isso, o curso, em todo o seu processo de consolidação, forma alunos com uma preparação diferenciada para lidar com os assuntos da coisa pública, a transformar nossas instituições naquilo que for necessário, a realizar projetos voltados para o interesse comum, e, principalmente, para atuar e lutar por uma administração pública e um país dignos de serem qualificados de democráticos.