Nota do IPPUR à UFRJ – 7 anos do incêndio no edifício Jorge Machado Moreira (JMM)

7 anos do incêndio no edifício Jorge Machado Moreira (JMM)

Nota do IPPUR à UFRJ

Hoje, 03 de outubro de 2023, faz 7 anos do incêndio no edifício Jorge Machado Moreira (JMM), antigo prédio da Reitoria. Desde então, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ) está sediado no edifício da Faculdade de Letras, onde fomos muito bem acolhidos, apesar das limitações de espaço. Somos muito gratos à Letras e ao apoio da Decania do CCJE, assim como a outras unidades que nos apoiaram nesse período como a COPPE, a COPPEAD, o DEG/Poli, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, o Fórum de Ciência e Cultura e outras que atenderam às nossas demandas por salas e outros espaços para a realização de nossas atividades.

Desde março de 2023 voltamos a realizar nossas aulas de pós-graduação no prédio do JMM, mas ainda aguardamos o andamento dos processos de adequação elétrica das salas de professores e da administração, que precisam ainda de outras obras, como pintura e sinteco, e de aquisição de persianas, equipamentos audiovisuais, etc. Temos o compromisso de apoio da atual da Reitoria, temos dois processos abertos no SEI para realização dos serviços de adequação elétrica, mas não temos previsão do prazo de início e conclusão desses serviços, nem, ainda, os recursos necessários para a realização de todo o serviço, apenas parte dele relativo a algumas salas.

Estamos há 7 anos sem que os professores do IPPUR possam utilizar seus gabinetes de trabalho no 5º andar do JMM.  Dos 19 laboratórios e grupos de pesquisa, apenas três conseguiram espaços cedidos temporariamente em outras unidades. A maioria das nossas atividades de pesquisa ou de orientação de estudantes é realizada em espaços agendados caso a caso na UFRJ.

Com muita criatividade e esforço individual e coletivo vimos enfrentando e vencendo as dificuldades e os obstáculos, mas 7 anos é um período extenso demais, e a insatisfação é grande e é justa.

Com as reformas nas instalações da nossa sede no JMM resolveremos a questão do espaço dos professores, da administração e da pós-graduação, mas ainda serão necessárias a climatização das salas (ar condicionado), a construção da escada de incêndio do prédio e a reforma no 8º andar, que pode vir a atender demandas por instalações não só do IPPUR, como também da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e da Escola de Belas Artes, unidades também sediadas no JMM.

Mas, o JMM não tem como atender às necessidades de espaço para o nosso curso de graduação em Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social (GPDES), criado em 2010, no âmbito do REUNI, e que também vem funcionando no edifício da Faculdade de Letras. Contudo, por não termos gestão direta sobre o espaço, muitas vezes temos dificuldade de agendar salas para reuniões, palestras e atividades eventuais, parte da vida acadêmica plena. Essa situação evidencia a necessidade de um espaço próprio, como o que está previsto no projeto do prédio em construção (conhecido como “paliteiro”) ao lado do prédio da Faculdade de Letras, cujas obras foram paralisadas também há muito tempo.

Enfim, todos sabemos das dificuldades dos últimos anos com o contingenciamento de recursos e os ataques à educação pública que se agravaram com o impeachment de Dilma Rousseff, a administração de Michel Temer e a eleição de Jair Bolsonaro, além da tragédia da pandemia de COVID-19. Sabemos que o passivo é enorme e os recursos escassos, mas é preciso, nesse novo contexto político e econômico em que estamos agora, rever prioridades de modo a atender situações emergenciais como a nossa, que vem durando tempo demais e que, em alguns casos, não exigem recursos muito expressivos.

Precisamos também ter um horizonte de tempo definido, um planejamento das ações para recuperar totalmente o JMM, para terminar a construção do prédio que poderá abrigar o nosso GPDES, entre outras prioridades que certamente a UFRJ também tem, como a reconstrução do Museu Nacional, por exemplo. Prioridades que exigem escalas muito diferentes de aportes de recursos, algumas mais fáceis e outras mais difíceis de resolver a curto, médio e longo prazo.

Corpo Social do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional Universidade Federal do Rio de Janeiro