DEBATES IPPUR: O segredo sobre o gasto público que a pandemia revelou para o mundo
Boletim nº 22 – 28 de maio de 2020
Desde que a pandemia do coronavírus obrigou governos em todo o mundo a reconhecerem as suas capacidades operacionalmente ilimitadas de expandirem os seus gastos, mesmo na ausência de incrementos na arrecadação de impostos, economistas foram forçados a responder a pergunta: de onde virá todo esse dinheiro que o governo gastará? Dar resposta satisfatória a essa pergunta nos obriga a reconhecer a natureza cartalista da moeda moderna. Nossas moedas são dívidas estatais (ou dívidas bancárias conversíveis na dívida estatal monetária) e, portanto, precisam ser emitidas pelo Estado para que sejam utilizadas como meios de pagamentos pelos demais participantes da economia. Isso significa que apenas o Estado pode realizar pagamentos sem que precise ter antes recebido moeda de alguém. Na atividade aqui proposta pretendemos explicar os mecanismos através dos quais governos centrais (como o governo federal brasileiro) criam moeda para realizarem seus pagamentos e como tais mecanismos podem nos ajudar a enfrentar a pandemia do coronavírus e suas consequências depressivas.
Professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ). É graduado em Ciências Econômicas, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Mestre em Economia, pela Universidade do Missouri, em Kansas City, onde lecionavam os principais expoentes da Teoria Monetária Moderna (MMT), como Randall Wray, Stephanie Kelton e Matt Forstater. É um dos autores do livro “Teoria Monetária Moderna”, primeiro manual brasileiro sobre o tema que foi publicado pela Editora Nova Civilização. Atua nos seguintes temas: Macroeconomia; economia monetária; política fiscal; política monetária; Keynes; pleno emprego.
Professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ). É Doutor em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (2018), com a pesquisa intitulada “Ensaios sobre política fiscal, demanda efetiva e finanças funcionais”. É Mestre em Economia Política Internacional, pela UFRJ, com a dissertação a “Análise crítica da literatura sobre gravitação de preços na abordagem sraffiana.” (2013). Graduado em Ciências Econômicas, pela Universidade Estadual de Campinas (2010). Kaio Pimentel tem atuado principalmente nos seguintes temas: política fiscal, financiamento do gasto público, demanda efetiva e finanças funcionais.
Rodrigo Portugal
Economista de carreira da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Doutorando em Planejamento Urbano e Regional no IPPUR/UFRJ (2017-), Mestre em Economia (2014) e graduado em Ciências Econômicas (2012) pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Foi professor substituto na graduação de Gestão Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GPDES/UFRJ) (2018-2019), bolsista Erasmus Mundus na Technische Universität Dresden – TUD na Alemanha (2009-2010), economista do Banco da Amazônia S.A. (2012-2014) e Pesquisador Assistente III (2014-2016) e Associado (2019-Atual) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Realiza pesquisas na área de desenvolvimento regional, federalismo e finanças públicas.